domingo, 21 de setembro de 2008

Penso, logo existo.

Pra quem gosta de filmes tristes como eu, eu indico "Banquete do amor". Acabei de assistir e estou toda inchada por causa da minha alergia. Pois é, não posso chorar. Ironico, não? Eu sou alérgica a amendoim, grama, poeira e...lágrimas. E, geralmente, qualquer coisa me faz chorar. Chorei no cinema, pela primeira vez (que eu me lembre, fora Titanic, claro), com o filme do pokémon. Quando o Ash virou pedra e o Pikachu começou a chorar e tal. Até hoje choro quando tenho oportunidade de ver o filme. Eu praticamente sofro pelos outros, sofro sem motivos, me desligo.
E esse filme que assisti é o tipo de filme que não se procura. Às vezes você está assistindo TV e ele simplesmente está passando. Às vezes tá lá no canto da locadora, o unico sem o papel de locado no fim de semana. O fato é que quando você procura um filme triste, você nunca encontra um que você ainda não tenha assistido.
É o tipo de filme perfeito. São várias histórias, de várias pessoas, filosofia, amor e morte.
Meu dia foi bom.
Dormi com meus irmãos, acordei meu namorado, minha mãe me ensinou a dirigir e eu dormi a tarde inteira. Não há nada melhor do que estar com quem você gosta.
E um outro conselho: Se expressem. Escrevam, falem, reclamem. Porque quando se põe pra fora o que te incomoda, algo sempre quer te provar o contrário.
Se você reclamar do amor, algum apaixonado vai te contrariar.
Parece coisa de filme, mas é sempre assim.
Em um post eu reclamei da "Solidão de Domingo". E hoje, domingo, eu tive um ótimo dia.
Eu continuo não entendo muita coisa que existe mundo afora, ou dentro de mim, mas eu estou bem.
E eu continuo existindo.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Passividade

Doente, faltei aula. Joguei The sims o dia inteiro. Pra me preocupar com alguma vida se não com a minha. Aliás, eu tenho estado alheia à minha vida como se eu tivesse deixado de acompanhar minha novela porque ela estava ficando complicada, chata ou repetitiva demais.
"Ninguém te aguentaria por tanto tempo".
Eu acho que as pessoas param de gostar de mim porque eu mesma não me gosto. De alguma forma eu tenho estado ausente na minha própria vida e eu não sei como voltar pra cima do palco e...improvisar.
Já dizia Augusto Cury que temos que ser protagonistas de nossas vidas, subir no palco e deixarmos de ser apenas espectadores. Mas eu já nem estou dentro do auditório. Não me conformo com o roteiro, não consigo entrar no personagem, muito menos consigo ter afinidade com os figurantes ou antagonistas.
Eu não tenho algo pra me focar.
Mas eu tenho também boas notícias. Estudei matemática! Porém não me sinto mais eficiente por isso. Só não quero ficar com a mente desocupada demais.
Enfim, nunca vou conseguir me acostumar com as novas regras de português. Odeio quem aceita essas coisas. Só assim os analfabetos do Brasil irão pra frente.
Já desperdicei todo o meu dia, como desperdiço todos os outros. Amanhã já é quarta e vai faltar só mais um dia pra sexta-feira. Incrível como nem os momentos desagradáveis demoram a passar.
É, eu nunca disse que era perfeita.

domingo, 14 de setembro de 2008

Solidão de Domingo

Sexta-feira fui ver uma peça de teatro com esse título. Sinceramente, entender a solidão é como estar dentro da própria mente. Você sabe o que se passa, mas nem sempre entende. às vezes você entende, mas não consegue expressar.
Hoje foi um dia completamente frustrante pra mim, de fato. E eu acho que, se hoje eu fosse assistir àquela peça novamente, eu a entenderia de forma completamente diferente.
Segurar-se em algo, ver aquilo desabar, frustrar-se e render-se à insanidade. É, acho que era disso que falava. No final, nada realmente precisa ser registrado, nada precisa realmente acontecer, ou talvez nada precise de preocupação. Porque as coisas simplesmente passam e a única coisa que resta são vagas lembranças nessa rotina caótica em que vivemos. E geralmente nós só nos lembramos naquele momento de insônia no qual deitamos nossa cabeça sobre o travesseiro e tentamos sonhar.
Talvez meio clichê, mas eu não me importo.
Dessa vez eu preciso terminar o que comecei e agora eu sou o unico motivo disso.
Mais uma vez tenho que obedecer o despertador, limitar-me ao relógio, tomar decisões, ter responsabilidades e esperar a semana acabar tão rápida quanto um final de semana.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Falta do que fazer

Eu sei que em época de política ninguém passa fome, rola dinheiro na cidade e que é uma oportunidade de todo mundo trabalhar e tal. Mas eu não aguento mais esses carros de som e essa disputa na cidade. Onde quer que eu vá tem gente falando de candidato e o caralho a quatro.
Eu, particularmente, não gostaria de ter a minha foto em todos os 999 becos da cidade.
E o pior: como no Ceará, TUDO é forró, nós temos que ouvir paródias mal feitas repetindo a porra do numero e do nome do candidato em um ritmo nada agradável.
Eu já estou quase me conformando, enfim. E agradeço por não ter nenhuma dessas músicas horrendas na minha cabeça.
Eu não entendo a obsessão de certas pessoas por certos candidatos e muito menos entendo por que elas discutem por causa disso. Nunca vi tanta briga na minha vida como em época de eleição.
Enfim, eu estou feliz por menos que pareça. Fiz esse blog pra reclamar das coisas que entediariam as pessoas, e está funcionando!
MTV na parabólica e eu não tenho parabólica. É a vingança do povo.
Escutem "I kissed a girl" da Katy Perry e fiquem com ela na cabeça pelo resto das suas vidas, beijos.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Borboletas no estômago

Eu estou sentada esperando o telefone tocar e ele ligar pra dizer que está bem. Não vou conseguir dormir.
Nem assim eu consigo sentir as borboletas. Acho que elas morreram.
Já fiz apresentações de teatro, cantei no show de línguas, falei em público, mas eu realmente não consigo me lembrar da ultima vez em que tive a sensação de borboletas. A ultima coisa que me lembro de sentir é frustração. Cansei de ter que fazer coisas como ir à escola, fazer trabalhos, ir à academia, dar tchau, tomar decisões.
O que eu mais queria era poder dormir em qualquer lugar, nunca precisar ir embora, não ter hora pra acordar e nem ter pressão para fazer o que não quero.

Tem uma neblina na minha mente. Sempre consigo o que quero, mas nada é do jeito que deveria ser. Deveria realmente existir um mundo paralelo a esse de decisões, pressão e responsabilidades. Cansei. Simplesmente cansei.
Sempre tenho a impressão de que falta alguma coisa. Eu nunca estou perto o bastante para realmente sentir; nunca estou entusiasmada o bastante para me inspirar; nunca estou feliz o bastante pra dizê-lo; nunca estou triste o bastante pra chorar; nunca estou vazia o bastante pra não pensar; nunca estou satisfeita o bastante pra dizer "já chega". Talvez falte alguma palavra, talvez falte alguém, talvez falte um pensamento, um ponto de vista, um lugar, um momento, uma ação.
Talvez faltem as borboletas no estômago.